Pen drive de papel: sustentabilidade ou desperdício?


Cheio de novidades o estúdio Art Lebedev’s lança o conceitual pen drive de papel. Idéia interessante e cheia de “design” mas que ao ponto de vista de ciclo de vida do produto fiquei com dúvidas.

Ao meu ver pen drives não são objetos tão obsoletos  – os meus tem anos e o mais velhinho continua com os seus 1gb firme e forte – e um pen drive de papel me soou meio estranho quanto a sustentabilidade do projeto em si.

A estrutura atual de componentes eletrônicos protegidas or um case de plástico garante a durabilidade do produto quanto a choques, sujeiras, amassões e afins. Eis que entra o problema do papel: será que vai aguentar a porradaria do dia-a-dia? Quem nunca enfiou a mão besuntada de gordura de biscoito ou molhada de água no mouse ou no próprio pen drive?

Outro ponto a ser discutido é a montagem do protótipo que adere os componentes de metal ao papel cartonado. Relembrando que o processo de reciclagem ficaria impedido sem o descarte da parte do papel com o metal, teriamos uma perda considerável de 25% da estrutura. Nesse quesito um pen drive tradicional é disparado muito mais durável.

E quando estiver tudo rabiscado e escrito? Colamos uma etiqueta por cima e continuamos a escrever? Mais uma camada de papel com adesivo que dificulta a reciclagem.

Um dos pontos positivos do projeto se refere ao uso de envio de informações. Ao trabalhar com arquivos pesados e publicidade e design é comum entregarmos materiais em DVD (4,7 Gb) ou CD (700Mb)para os fornecedores. Muitas vezes precisamos enviar 2 ou 3 CD’s para conseguir passar tudo então esses pen drives de papel (16Gb) poderiam ser uma solução mais em conta.

Quanto a ACV do produto em relação ao DVD ou CDnão obtive informações mas quem sabe não é uma solução? Quem tiver informações é só comentar.

A idéia é super interessante e charmosa mas no fim das contas ainda fico com a opção tradicional.

Via CartelDesign e Art Lebedev’s

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